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Correios preveem bases na Ásia e na América do Sul

Correios preveem bases na Ásia e na América do Sul
24 DE MAIO DE 2023

A diretoria dos Correios fechou a estratégia para reposicionar a estatal no mercado de encomendas até 2025 e buscar sobrevivência frente ao avanço de gigantes do comércio eletrônico, que aumentam os investimentos na rede própria de logística.

O plano estratégico e o de ações prioritárias - este com execução até o fim de 2023 - indicam medidas que vão da instalação de bases operacionais da estatal na Ásia e na América do Sul até a constituição de uma empresa de participações, uma espécie de “CorreiosPAR”, para garantir a inserção em mercados estratégicos, como os setores de logística e de comunicações.

Os planos foram apresentados ao público interno dos Correios pelo presidente Fabiano dos Santos. O executivo completou cem dias no cargo na quinta-feira e aproveitou o evento, em Brasília, na segunda-feira, para anunciar o novo momento da estatal, que fazia parte da lista de empresas públicas a serem privatizadas no governo Jair Bolsonaro.

A abertura do centro de operações no exterior é um dos dez projetos estratégicos para sair do papel até o fim de 2025. Deverão ser escolhidos um país asiático e um sul-americano para a estatal melhor se articular no fluxo internacional de encomendas.

A ideia dos Correios de se tornar um “hub” de encomendas na América do Sul já havia sido anunciada pela gestão anterior. Em abril, após a viagem da delegação brasileira à China, a companhia anunciou acordo de cooperação com a Cainiao Network, braço de logística do Alibaba Group Holding Limited.

O mercado internacional representa 16% da receita total dos Correios. A diretoria ainda enxerga a possibilidade de “crescimento exponencial” desse nicho nos próximos anos, ainda impulsionado pelo comércio eletrônico.

Outra iniciativa dos Correios para recepcionar encomendas do exterior é instalar um “centro de operações internacionais” no Nordeste até o fim de 2025.

Impulsionados pelo boom do e-commerce, os produtos que chegam à região têm crescido e já respondem por 23% do total de importações recebidas pelos Correios. Ainda não foi batido o martelo sobre o Estado que vai receber o novo centro de triagem.

A criação de subsidiária para entrar em ramos estratégicos remete à proposta de gestões anteriores do PT. Em 2011, o governo apoiou a aprovação da Lei 12.490 para permitir parcerias com companhias aéreas interessadas em aproveitar a ociosidade dos porões de aviões em voos noturnos para transportar encomendas.

A entrada dos Correios em novos mercados já ocorreu com serviços bancários, por meio do Banco Postal, e em telecomunicações, no serviço de celular na modalidade de operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês). Se confirmada a criação de uma subsidiária, o setor de comunicações é um dos alvos, mas a estratégia ainda não foi aberta pelo comando da empresa.

Como meta para 2023, a diretoria dos Correios quer revisar a política comercial, com novos produtos e serviços voltados para e-commerce, modernizar centros de triagem, investir em tecnologia da informação (TI), buscar fontes de captação de recurso no mercado financeiro com custo atrativo e adequar a estrutura de funcionamento da estatal à nova proposta.

Via: Valor Econômico 
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/05/24/correios-preveem-bases-na-asia-e-na-america-do-sul.ghtml