13 Corpos Largados no Chão
Mano
Nunca entrou nem vai entrar na minha cabeça
Sentenciam a morte e pronto
Levam vidas indefesas
Já parece natural pra realeza
Preto mora na favela
É bandido
É sempre a mesma história
Estatística não traz de volta
Menina Agatha só oito anos
Bala perdida nas costas
E segue a trajetória
Mãe são mães que choram
Quem devia salvar vidas
Põe terror
Mascarados desonram
São só trabalhadores
De uma comunidade
Carente de água e luz saneamento
São diversas dificuldades
Brincadeira
Parece brincadeira
A pandemia
Quando a prioridade
É se aglomerar
Pra não morrer com uma bala perdida
Na zona sul também tem crime
Mas não tem caveirão
Muito menos explosão
80 tiros nunca passarão batido
Pacificador traz genocídio
E novamente o menino João Vitor
No país onde basta ser preto pra ser suspeito
Olhar de cada morador reflete o medo
Tiros, bummm
Metralham covardemente
E novamente
A população carente é atingida
Mano pega a fita
Muitos manos estão morrendo na pista (2X)
Complexo do Alemão
13 corpos largados no chão
Complexo do Alemão
13 corpos de meus irmãos
O extermínio da população trabalhadora nas favelas e comunidades carentes, por meio de operações policiais, é como opera o Estado capitalista. Em função da cor da pele, do local de moradia e da posição social esses “suspeitos” passam rapidamente a condenados, com pena de morte executada, sem direito a qualquer defesa.
FICHA TÉCNICA
Produção e Realização: Luta Pelo Socialismo - LPS
Direção, filmagem e edição: Luiz Rocha e Sarah Sarmento
Letra: Igor Goulart
Vozes: Aruana Zamby, Igor Goulart e MC Sork
Gravação: D'lá Music
Beat: IcaroBeats